sexta-feira, 1 de junho de 2012

"Lucy in the sky with diamonds...."


Lucy está com dificuldades para se concentrar e para fazer seus trabalhos. Mas também, como se concentrar? Ela realmente não está em sua melhor fase. A cada hora há uma mudança de fase. Numa transitoriedade angustiante. Ela é o seu próprio caleidoscópio. Caleidoscópio meio barroco esse. Formado por fragmentos que restaram de si mesma. Fragmentada por sentimentos, tristes, felizes, otimistas e pessimistas.  É tanta coisa que dá até um nervoso. As borboletas no estomago não se agüentam mais.

Um dia inteiro é um mês sem fim em sertões com labirintos já habitados antes. Labirintos com desvios suspeitos, atalhos incertos, e com novos caminhos a serem feitos com uma essência nova, pronta para ser semeada. Mas há também um bloqueio que definirá qual é o curso a seguir.

Mas Lucy está tranqüila também, ela sabe que pode sobreviver, e se caso isso não for possível, o ‘não - sobreviver’ será apenas uma solução. Afinal de contas, que disse que a morte é um problema?

Ela só precisa apenas esperar um pouco mais, esperar o tal bloqueio se desfazer. É, esperar mesmo, ela não pode contra esse bloqueio. E no fim, o importante mesmo é que ela  apenas ter coragem. E é como o que já foi dito; “É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.”


sábado, 17 de dezembro de 2011

Me adaptar...


Já em uma efervescência matinal transbordando de sensações, sentimentos e serás. Será mesmo que eu senti o que ninguém ouvia e via? Eu não tinha esses olhos antes e será que eu vi o que todos sentiam e eu dormi enquanto se vivia? Ah, Meireles sem adaptação e de outrora... Por entre rimas e desapegos... Um momento, rimas? Quem é que rima coração, solidão e perdão nos unindo? Encontrar, amar? Ah, não me venha com meias verdades há essa hora em um amanhecer adaptável ao que você via, mas não sentia. E se sentia, não fazia! Se é madrugada é com jeito de virada little darling...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

.Estreita.

"O coração, se pudesse pensar, pararia."



É madrugada. Agradável. Nas ruas poucas pessoas. O vento caminhando lentamente traz uma leveza aos corpos. Mas sem que eles saibam, essa calmaria vai terminar. Terminar.
Agora sentados em um banco, as palavras soam pesadas, pesadas como um fim de tarde. Sem qualquer sentimento protetor, ela olha para a luz do poste, árvores, e toda imagem em sua volta parece congelar. Congelar. Silenciar. Verbos sem ação. É um silêncio tão profundo que quase se pode ouvir o som da lágrima escorrendo lentamente sobre o seu rosto triste.
Depois, eles se levantaram e começaram a caminhar, eram dois desconhecidos perdidos em seu próprio corpo, que apesar de cansado caminhavam a passos firmes. Ainda havia um silêncio profundo. Um silêncio com vida e necessário.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Remédio para alma


As palavras têm uma magia tão grandiosa no seu despertar de sensações e sentimentos, que nos deixam completamente encantados. Mas me pergunto se pode um ser tão complexo viver de palavras, imaginação e espera.
Se é bem verdade que todo o ser precisa de amor para viver, como podem esses seres viver o tal sentimento apenas em teoria? Como fazer da ausência a mais fiel das presenças? Como devemos nos sentir após uma palavra de desejo, que no plano real não se concretiza muitas vezes por puro egoísmo? Será contentar-se mesmo com uma estória romântica?
Não sei bem como responder todas essas questões, na verdade o que sei, é que o tal amor de que as pessoas tanto necessitam é mais do que palavras ditas com falta de atenção, sei que precisamos de contato de nos sentir confortavelmente, como aquele velho toque da toalha recém-passada.
Um grande intelectual já bem se dizia: "A pessoa amada é sucessivamente o mal e o remédio, que suspende ou agrava o mal." Esse tal sentimento pode ser saudável ou não, e como qualquer outro remédio só precisa ter atenção com a bula e claro, com a parte prática.
"Que o outro sinta quanto me dói à ideia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade, mas talvez o seu medo ou sua culpa."



terça-feira, 27 de setembro de 2011

.Fantasmas na alma.

E depois? 
A rosa seca
As palavras desbotam
O músico desafina sem mesmo perceber os olhinhos na platéia que se fecha sem vontade de abrir, saindo de fininho.
No pensamento?
A velha conversa de que 'não compensa entrar na dança depois que a música parou.'
O coração?
Um navio fantasma...


. Á r c a d e .


Eu quero pressa de não ter pressa

Colher lírios vagarosamente e com uma suave calmaria

Sentir o vento com o seu perfume e sabor em doces primaveras.