sexta-feira, 1 de junho de 2012

"Lucy in the sky with diamonds...."


Lucy está com dificuldades para se concentrar e para fazer seus trabalhos. Mas também, como se concentrar? Ela realmente não está em sua melhor fase. A cada hora há uma mudança de fase. Numa transitoriedade angustiante. Ela é o seu próprio caleidoscópio. Caleidoscópio meio barroco esse. Formado por fragmentos que restaram de si mesma. Fragmentada por sentimentos, tristes, felizes, otimistas e pessimistas.  É tanta coisa que dá até um nervoso. As borboletas no estomago não se agüentam mais.

Um dia inteiro é um mês sem fim em sertões com labirintos já habitados antes. Labirintos com desvios suspeitos, atalhos incertos, e com novos caminhos a serem feitos com uma essência nova, pronta para ser semeada. Mas há também um bloqueio que definirá qual é o curso a seguir.

Mas Lucy está tranqüila também, ela sabe que pode sobreviver, e se caso isso não for possível, o ‘não - sobreviver’ será apenas uma solução. Afinal de contas, que disse que a morte é um problema?

Ela só precisa apenas esperar um pouco mais, esperar o tal bloqueio se desfazer. É, esperar mesmo, ela não pode contra esse bloqueio. E no fim, o importante mesmo é que ela  apenas ter coragem. E é como o que já foi dito; “É preciso sofrer depois de ter sofrido, e amar, e mais amar, depois de ter amado.”