"...Meu ser, que voava nas luzes da festa,
Qual pássaro bravo que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro.
Num laço de fita."
O laço de fita, CASTRO ALVES
Qual pássaro bravo que os ares agita,
Eu vi de repente cativo, submisso
Rolar prisioneiro.
Num laço de fita."
O laço de fita, CASTRO ALVES
Do telhado da casa só faltava sair fumaça, as ruas estavam monótonas, podia-se ouvir as folhas do calendário inquietamente querendo voar. Vontade de que o tempo passe rápido.
Ao entrar pela porta da frente, encontraria com ela.
E lá estava com o corpo meio deitado, apoiando um livro no queixo, as unhas solferinas tocavam a capa no ritmo da música.
"... here comes the sun".
Era mesmo estranha essa menina, mistura de anjo com diabo, de doce, amargo e azedo no final. Naquela tarde quente ela buscava em vão ficar plenamente tranquila com a calmaria que a cercava. Tenvava disciplinar os pensamentos mantendo-os no caminho preestabelecido, assim como uma locomotiva em seus trilhos.
Porém essa locomotiva andava meio desregulada, desnorteada, emitindo sons estranhos, e seus trilhos estavam soltos cheios de curvas.
Sentindo um sabor agridoce, bem do jeito que ela gostava, podíamos sentir saudade de nós mesma.
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