quinta-feira, 20 de maio de 2010

O Dar de Ombros



" A gente não parte, retoma o caminho e carregando meu vicio, o vicio que lançou raízes de dor ao meu lado desde a idade da razão, e sobe ao céu, me bate, me derruba, me arrasta. A última inocência e a última timidez. Está dito. Não levar ao mundo mais dissabores e minhas traições."

RIMBAUD


E todos os dias no mesmo horário cumpriria o ritual de dar corda ao relógio continuando a vida, e dentro de cada badalar estaria a minha existência num toque seco e áspero e com uma mesma fragilidade. Porque assim que é! No começo tudo pode parecer ou até ser belo, porem mais cedo ou mais tarde restaria apenas lembranças amargas, como sempre são. Chego a conclusão de que não sei muita coisa, mas muito desconfio, e tudo é sempre de maneira calculada. Todos os desapontamentos, silencio e solidão desenha meu contorno. E antes que ser torne mais amargo esquecerei facilmente de puxar a corda...

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