Resolvi fazer um viagem, apenas sair por aí sem destino certo. Peguei poucas coisas, apenas o que achei necessário, coloquei tudo em uma mochila velha que já me acompanhou muitas vezes.
Conheci muitas coisas interessantes e que as vezes passam despercebido, como sabores, cheiros, sensações, sentimentos diferentes, através de olhares diferentes.
As vezes me senti forte e grande, capaz de ajudar a todos, de melhorar a vida das pessoas apenas com um abraço forte, aconchegante e sincero.
Outras vezes me senti frágil, vulnerável e pequenina, em meio a tanta desordem, orgulho e egoísmo.
Gritei, chorei e ri ao mesmo tempo, lutei contra dragões, duelei contra bruxas em castelos velhos e mal assombrados.
Corri contra o vento, remei contra a maré. Senti o calor e o frio do deserto. Fugi e corri atrás de mim mesma, me vi acorrentada nas grades de uma prisão.
Prisão??
Mas que prisão?
(...)
"Pela janela do quarto
Pela janela do carro
Pela tela,
pela janela
Quem é ela?
Quem é ela?
Eu vejo tudo enquadrado
Remoto controle...Eu ando pelo mundo
E meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço
Meu amor cadê você? Eu acordei
Não tem ninguém ao lado..."
Adriana Calcanhoto - Esquadros
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