segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Insistência


Olho no espelho, vejo uma pessoa meio que desconhecida, sem um destino certo a seguir. Corro os dedos pela parede, apago a luz do quarto, tiro os chinelos e deito meu corpo sob um colchão frio em triste quarto.
Olho para o teto, fecho bem os olhos e dou um forte suspiro, desejando que seja o último!
Sinto um gosto amargo e um nó na garganta ao ver que não serás o último o dia ainda insiste em nascer!



Um comentário:

  1. Realmente todos moramos nesse mesmo quarto, onde o teto é a única coisa que nos lembra que o sol brilha novamente. Esse nó na garganta, esse sabor amargo... É o fúnebre perfume do tempo que morre enquanto ainda divagamos sobre o que é e como viver. Tomara que um dia aprendamos a renascer junto com o sol. Meus parabéns, querida! Profundo e intensa e esperaçosamente belo.

    ResponderExcluir