sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Procrastinação II


As engrenagens soando como uma sinfonia, em um fundo musical para um tenso filme em que os personagens se vêem em um trem repleto por almas desvairadas, completamente vazias em mais um entardecer.

Uma pequena mão embaça a janela, o olhar curioso e ingénuo são lançados pela paisagem escura, esfumaçada pelo próprio trem.

Sinto minha garganta sendo golpeada, pensamentos vazios enche mais ainda o nada que persiste em existir dentro dos vagões.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

"Equilibrio Distante"


Um leve sopro, um breve sussurar, agora quase não consigo sentir mais meus pés dentro das meias.
Um laço de fita vai se desatando levemente, como uma linha que se vai dilatando no tempo,trazendo novos rumores...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Abismo de ilusões


Um pouco de solidão,

Uma gota no abismo

Caíndo bem devagarinho

De uma em uma,

Falta pouco agora

Uma, duas, já!

Agora sim.

Não!

Elas estão voltando

deixando - o vazio novamente...



segunda-feira, 10 de agosto de 2009

...


Em meio a toda essa tormenta, sentimentos agonizando meu peito, ouço uma voz me chamando ao seu encontro. Posso te sentir mas não posso te tocar.

Me pergunto até quando isso irá durar e quem é você que mostra ter uma infinita força sobre mim...

domingo, 9 de agosto de 2009

Quimérica


As nuvens brancas no céu em um brilhar intenso como um gigante algodão doce. Um leve e arisco sopro toca meu rosto. As folhas secas e avermelhadas se movem sob a calçada. O Sol brilha enérgicamente, posso sentir um leve calor sobre a minha pele.

Dentro de mim posso sentir e te ouvir também em um convite para caminhar por entre abismos e florestas e depois de uma longa e insensata jornada, nos iremos descansar em campos cheios de tulipas e saborear juntos tudo o que existe de melhor detro um do outro.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Desejo de Viver


Corro as unhas sobre minha pele em uma intensa aflição.
Olho para os meus pés que permanecem sem movimento algum.
Tento arriscar uma passo, mas o chão parece correr de mim...





"...Barco sem porto
Sem rumo,
sem vela
Cavalo sem sela
Bicho solto
Um cão sem dono
Um menino, um bandido
Às vezes me preservo
Noutras, suicido!"
(A flor da pele - Zeca Baleiro)

Memórias Noturnas V


(...)

Chega, chega, chega...

Apago a luz, fecho bem os olhos e desejo encontrar as estrelas que brilham como diamantes no céu.

Memórias Noturnas IV


Uma simplória lágrima salta dos meus olhos. Me vejo tentando correr de mim mesma, ouço os pingos d'água caindo de uma velha torneira enferrujada pelo tempo. Tempo esse que sinto escorrer rapidamente por entre meus dedos.

Memórias Noturnas III


A noite iluminada e quente está indo embora agora.

Já posso sentir uma leve e fria brisa entrando pela janela.

Me vejo novamente relembrando coisas do passado, memórias de uma doce e ingénua amizade que parece não existir mais.

Alias, não sei em ti, pois dentro de mim ainda posso sentir uma enorme alegria ao lembrar do teu doce e delicado rostinho de menina que agora está se transformando em uma bela mulher.

Memórias Noturnas II


Sozinha em casa num inicio de noite enluarada, ao som de slayer e cozinhando como se estivesse a espera de alguém, que sei que não ira chegar.

No fim da noite isso se confirmará, porém não me importo muito com a solidão pois ela sempre me agradou mesmo.

Mas não sei bem o porque, sinto que não estou completamente só...

Memórias Noturnas I


Entre os dias do calendário, as contas a pagar, o salário no fim do mês, o cheiro de incenso e um indiferente rosto no espelho, vejo várias lembranças esfumaçadas invadindo meus pensamentos de uma forma obliqua.

Lembranças de uma vida boa e não muito distante de mim, mas não posso toca-las. Apenas olho pra elas com um sentimento ainda oculto, como um por-do-sol morrendo em mim, com um intenso brilho alaranjado.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Simples assim?!


Um sorriso da forma ainda mais imprecisa....

Ímpeto


Seguindo por essa estrada em um temido anoitecer que chega bem devagarinho, estrada essa que se mostra bem "sinalizada".

Lanço meu olhar sob as placas, e um desejo quase que oculto de ver elas me guiarem por outros caminhos, caminhos mais simples menos tortuosos.

Apesar de ainda poder sentir aquela pontinha de otimismo e esperança.

Mas quando saio da estrada e me vejo fora dela ainda volto a dar um passo pra trás. Por que isso?